segunda-feira, 4 de junho de 2012

Açoreana entrega cabazes a famílias carenciadas


Fonte: Revista Marketeer
Em:Maio de 2012
Por: Maria João Lima


A Companhia de Seguros Açoreana levou a cabo uma ação de responsabilidade social, mobilizando 600 colaboradores da companhia para a elaboração e distribuição de 2371 cabazes de bens de primeira necessidade a famílias carenciadas da região da Grande Lisboa. Com esta iniciativa foram abrangidas 9400 pessoas e entregues cerca de 52.500 artigos de higiene pessoal e alimentação.
Tendo como “centro operacional” a Casa do Gaiato de Loures, a ação decorreu durante um dia inteiro, no passado dia 7 de fevereiro, tendo a parte da manhã sido ocupada pela elaboração dos cabazes, desenhados em função das necessidades específicas das famílias apoiadas. Para a identificação das famílias carenciadas, e respetivas necessidades, a Açoreana contou com o apoio de vinte Redes de Apoio Social às quais estão ligadas instituições de solidariedade social.
Da parte da tarde, os colaboradores da Açoreana, divididos por equipas, deslocaram-se a cada uma das Redes de Apoio Social associadas ao projeto e procederam à entrega, em mão, dos cabazes. De acordo com as necessidades identificadas, e procurando adequar os bens oferecidos às carências e tipologias de vida de cada família, foram entregues três tipos de cabazes – 1202 cabazes família, 355 cabazes família com bebés e 814 cabazes família sénior.
No final do dia, de volta à Casa do Gaiato e terminada a missão que mobilizou a Açoreana e os seus colaboradores, foi servido um jantar elaborado com base nos alimentos distribuídos, procurando aproximar os colaboradores da seguradora da realidade de muitas famílias.

Atendendo ao atual contexto sócio-económico, a Açoreana Seguros acredita que é necessário estar atento às necessidades da comunidade e dar a quem precisa, o que mais precisa. Assim, e acreditando que, independentemente da área de negócio em que atuam, as empresas têm o dever de contribuir para atenuar as dificuldades das comunidades, a seguradora e os seus colaboradores procuraram chegar, com um dia das suas vidas, a muitos dias das vidas de quem mais precisa.

A iniciativa em números:
- 600 colaboradores da Açoreana
- 2371 famílias e 9400 pessoas apoiadas
-  355 Cabazes Família com Bebé
- 814 Cabazes Sénior
- 1202 Cabazes Família
- 52.451 artigos nos cabazes
- 65.000€ de investimento nos cabazes
- 20 redes de apoio social

Delta é a Empresa Portuguesa mais Reputada

Fonte: Revista Marketeer
Em: 15 de Maio de 2012
Por: Maria João Lima




G
rupo Delta, Sumol+Compal, Delta Q, Pingo Doce, Bial, TAP, Unicer, Sociedade Central de Cervejas e Worten são as nove empresas nacionais que integram este ano o ranking das 30 organizações com melhor reputação em Portugal segundo o “Global RepTrakTMPulse Protugal 2012″.
Este estudo, realizado pelo Reputation Institute, tem como objectivo aferir o índice de reputação das empresas portuguesas e multinacionais a operar em Portugal.
O Grupo Delta apresenta entre as empresas portuguesas o índice de reputação mais forte, com 84,87 pontos, tendo subido da 9ª posição em 2011 para o 4º lugar este ano. Por sua vez, a marca Delta Q, registou também um incremento, ao subir da 27ª posição para o 10º lugar, com um índice de reputação de 81.05 pontos, face aos 76,62 pontos verificados em 2011. Às subidas de ambos os índices não é alheio o facto de se tratar se uma empresa familiar, garante Pedro Tavares, partner e CEO da OnStrategy, que representa o Reputation Institute em Portugal.
Aliás, acrescentou Sergei Mendoza, Manager Associates do Reputation Institute International, a Delta está em primeiro lugar entre as empresas portuguesas em todas as dimensões com excepção da “Performance Financeira” que é liderada pela Sonae. Além desta dimensão existem outras seis que explicam o índice de reputação corporativa das empresas: “Produtos e Serviços”, “Inovação”, “Ambiente de Trabalho”, “Governo de Sociedade”, “Responsabilidade Social” e “Visão e Liderança”. Em 2012 as dimensões mais valorizadas na aferição da reputação das empresas são “Produtos e Serviços” (19,9%), “Governo de Sociedade” (15,8%), “Inovação” (13,8%) e “Responsabilidade Social” (13.4%). Ou seja, segundo o responsável pelo Reputation Institute em Portugal «os atributos mais valorizados pela opinião pública face a uma empresa e que contribuem para a sua reputação são a fiabilidade, a qualidade e a inovação dos produtos que apresenta, se a empresa conduz os negócios de forma ética e transparente e se contribui positivamente para a sociedade, ou porque apoio boas causas sociais ou porque protege o meio ambiente».
Em relação às empresas que integram o PSI 20, a ZON Multimedia foi a empresa que verificou o incremento mais significativo, com um crescimento de 14 pontos, ocupando este ano a primeira posição. Por outro lado, a Jerónimo Martins assinalou a queda mais acentuada, 11 pontos comparativamente a 2011. Segundo explicou Pedro Tavares, esta queda poderá estar relacionada com o momento em que o estudo foi realizado que coincidiu com o anúncio da transferência da sede social da Jerónimo Martins para a Holanda. No entanto, acrescentou, «esta queda é essencialmente uma queda emocional e não racional já que a marca Pingo Doce teve uma queda bastante inferior» (de 80,02 pontos em 2011 para 76,51 pontos em 2012).
A nível geral e à semelhança do verificado em 2011, a Google é a marca mais reputada em Portugal, com uma pontuação de 87,98 pontos. A Microsoft subiu da sétima para a segunda posição com 87,19 pontos e a Apple ascendeu do 11º lugar à terceira posição este ano.
Em relação aos sectores de actividade, “Eléctrico e Electrónica” é a indústria com melhor reputação em Portugal (77,81 pontos), seguido do sector das “Bebidas” com uma reputação média de 76,19 pontos e, em terceiro lugar, “Computadores” com 76,05 pontos. As indústrias de “Computadores” e “Energia” foram as que verificaram um maior incremento na reputação de 2011 para 2012, por outro lado, os sectores “Cimenteiro”, “Farmacêutico” e “Utilities” foram os que verificaram maiores quebras na pontuação.
Reputação de Portugal
À semelhança do trabalho feito para aferir o índice de reputação das empresas portuguesas e multinacionais a operar em Portugal, o Reputation Institute estuda também a reputação dos países. A boa notícia, diz Sergei Mendoza, é que «a reputação de Portugal do ano passado para este ano se manteve estável». Apesar de estar previsto que este estudo seja apenas apresentado depois do Verão, o responsável do Reputation Institute garante que «o esforço do Governo para dar estabilidade e cumprir os compromissos está a dar resultado». Ou seja, conclui, não é comparável com a Grécia ou mesmo com Espanha.
A verdade, garante Sergei Mendoza, é que há uma relação entre as marcas e a percepção do país. «E se enquanto país devemos ser potenciadores das marcas que temos, também as marcas têm obrigação de reforçar a sua reputação e, assim, reforçar a reputação do país», diz Pedro Tavares.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Campanha de Banco Alimentar excede Expetativas











Os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram este fim-de-semana um total de 2644 toneladas de géneros alimentares na campanha realizada em 1655 superfícies comerciais de todo o País.
As expetativas foram superadas tanto relativamente à quantidade de alimentos recolhida como ao número de voluntários que se deixaram envolver.

Em termos de quantidades, os resultados excederam em 13,7% os atingidos no ano passado por esta altura do ano, pese embora a evidente contração do rendimento disponível e do poder de compra dos portugueses. Já no tocante a voluntários, os cerca de 37 mil que responderam à chamada, constituiu um recorde absoluto, confirmando que esta iniciativa de voluntariado não tem, ao nível da dimensão, qualquer paralelo no nosso País.

Sob o lema “maior do que a crise que nos bate à porta, é a solidariedade dos portugueses”, esta campanha foi sem dúvida uma animadora surpresa. Isabel Jonet, Presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome, afirmou que “As quantidades de géneros recolhidos e o número extraordinário de voluntários envolvidos mostram que as pessoas responderam ao apelo e quiseram demonstrar que, apesar da profunda crise económica que afeta tantas famílias portuguesas, não se conformam com a situação e estão disponíveis para reagir e para ajudar a minorar as dificuldades. Os portugueses querem e podem, na medida das suas possibilidades e quando os projetos são claros e mobilizadores, contribuir de uma forma construtiva, coesa, cívica e solidária para a resolução dos problemas”.

Os géneros alimentares recolhidos serão distribuídos a partir da próxima semana a mais de 2.100 Instituições de Solidariedade Social, que os entregam a 337 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confecionadas.

Ao longo da próxima semana, até 3 de Junho, haverá ainda a possibilidade de contribuir para os Bancos Alimentares Contra a Fome online, no site www.alimentestaideia.net, a plataforma de recolha de alimentos na Internet. Prossegue também até 3 de Junho a Campanha “Ajuda Vale”, nas lojas Pingo Doce/Feira Nova, Dia/Minipreço, El Corte Inglês, Jumbo/Pão de Açúcar, Lidl e Modelo/Continente, onde serão disponibilizados, em suportes próprios, cupões-vale de produtos selecionados (azeite, óleo, leite, salsichas, atum e esparguete).

sábado, 26 de maio de 2012

Visão e Montepio procuram "Os Nossos Heróis"


Fonte: Revista Visão On-line
Em: 15 de Maio de 2012


Pessoas e empresas que sejam exemplos de solidariedade social vão ser homenageadas com o prémio "Os Nossos Heróis". Se conhece algum caso de cidadania que seja inspirador ou se gostava de ver o seu trabalho reconhecido, inscreva-se até 31 de julho.



A conferência Transformadores: Histórias de Gente Comum com Ideias Extraordinárias, realizada em parceria pela VISÃO Solidária e pelo Montepio, foi o ponto de partida para o novo desafio lançado aos cidadãos que se preocupam ou estão envolvidos em projetos de solidariedade social.
Coube a Francisco Pinto Balsemão anunciar a primeira edição do prémio "Os Nossos Heróis", que volta a juntar a VISÃO Solidária e o Montepio.
A iniciativa pretende distinguir pessoas e empresas que desempenham um papel ativo e importante ao nível da solidariedade social.
O principal objetivo é dar a conhecer cidadãos que desenvolvam projetos que fazem a diferença na comunidade onde estão inseridos, à semelhança dos oradores da conferência Transformadores, como a professora de ensino especial Celmira Macedo ou o assistente social José António Pinto (Chalana).
As empresas que assumem um papel relevante em matéria de responsabilidade social também vão ser distinguidas pelo seu trabalho.
O prémio "Os Nossos Heróis" é um desafio que nos vai ajudar a divulgar projetos e ideias de excelência social.
As candidaturas deverão ser enviadas para o email visao@impresa.pt, com o assunto "Os Nossos Heróis"; ou para a morada: Prémio "Os Nossos Heróis" Revista Visão. Rua Calvet de Magalhães, n.º 242 - 2770-022 Paço de Arcos.
Ajude-nos a encontrar "Os Nossos Heróis".


"Uma ONG por Distrito"


Fonte: Revista Visão On-line
Em: 17 de Maio de 2012
Por: Sónia Sapage

Uma empresa de transporte urgente de documentos e encomendas venceu Prémios Franchising 2012 na categoria de Responsabilidade Social


Há 18 anos que a MRW vinha desenvolvendo planos de ação social (neste momento tem 10 a funcionar ao mesmo tempo), mas só agora a empresa ibérica de transporte urgente de documentos e pequenas encomendas foi recompensada pelo seu empenho, com um prémio da revista Negócios & Franchising, que distingue anualmente as melhores práticas de responsabilidade social nas empresas franchisadas.
Foi o projeto Uma ONG por Distrito que valeu o "Óscar" à MRW. A ideia era dividir o montante do valor acumulado através de uma Bolsa de Incentivos, por 18 instituições sem fins lucrativos, uma por distrito. Os 27 mil euros angariados até ao final de 2011, começaram a ser entregues, por cheque, em fevereiro deste ano.
Durante todo o mês, a empresa de transportes urgentes deu a volta ao País para distribuir o total dos 27 mil euros. A viagem começou em Lisboa, na instituição Elo Social (na foto).
Jorge Reis, diretor comercial da MRW Portugal, sublinha a importância de receber o Prémio Franchising 2012: "Tem para nós um sabor muito especial, dando-nos ainda mais motivação por ver o nosso trabalho reconhecido e por ajudar a promover esta poderosa área empresarial para ajudar organizações mais carenciadas".


Solidariedade com "O Banqueiro dos Pobres"

Fonte: Jornal Expresso
Em: 12 de Março de 2011
Por: Alexandre Coutinho

No passado dia 2 de Março o Banco Central do Bangladesh demitiu Muhammad Yunus do seu lugar de director-geral do Grameen Bank, o banco de microcrédito que fundou há 18 anos, alegando o facto de ele ter ultrapassado o limite de idade da reforma em vigor, que é de 60 anos. A notícia levantou uma onda de protesto, sobretudo no estrangeiro, onde Muhammad YunusPrémio Nobel da Paz 2006, e a sua obra são por todos sobejamente conhecidos e reconhecidos.

No seu próprio país, Muhammad Yunus passou a ser visto como inimigo por grande parte da classe política (em particular os dois maiores partidos que se têm sucedido no poder) depois de denunciar publicamente a ganância desta pelo poder do dinheiro e a corrupção generalizada.
Alguns factos permitem enquadrar a escalada da primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, e do seu Governo contra o fundador do microcrédito, sobretudo, depois de ele ter anunciado a intenção de criar um partido político (ideia a que viria a desistir).
Primeiro, o Governo do Bangladesh veio acusar o Prof. Yunus de fraude fiscal e nomeou uma comissão para investigar "práticas menos legais" do Grameen Bank. Não houve provas destas práticas nem condenações até à data. A actual primeira-ministra chegou a catalogá-lo de "sanguessuga dos pobres" e a sua ministra dos Negócios Estrangeiros de "corrupto".
Em Dezembro último, uma reportagem de um canal de televisão norueguês acusou Yunus de ter "desviado" dinheiro da cooperação norueguesa (Norad) para fins que não o microcrédito, nomeadamente, uma joint-venture com a multinacional Danone, para a produção de produtos lácteos para os pobres. Os equívocos foram então esclarecidos e o governo da Noruega veio desmentir ter havido desvios desta natureza.
Finalmente e para além das razões (ou falta delas) burocráticas, o Banco Central do Bangladesh "despediu", com efeitos imediatos, Muhammad Yunus do seu cargo de director-geral do Banco que fundou em 1983. Curiosamente, o Prof. Yunus já completou 70 anos, mas só agora, o Banco Central do Bangladesh se apercebeu que ele tinha ultrapassado o limite de idade da reforma de 60 anos.
Tornou-se claro que se trata de uma campanha contra o bom nome do Prof. Muhammad Yunus e a instituição que criou em benefício dos mais pobres do seu país e cujo modelo foi replicado em todos os continentes com resultados nunca vistos na luta contra a pobreza e a marginalização económica dos mais frágeis da sociedade. O GrameenBank (banco da aldeia, em língua bangla) não é um banco comercial típico, já que é propriedade dos seus mais de 8 milhões de clientes pobres.
A situação criada pode ter consequências graves directas (e ainda imprevisíveis) sobre a vida e o futuro de 8.5 milhões de famílias pobres no Bangladesh e, indirectamente, sobre este largo movimento da sociedade civil mundial do microcrédito que Yunus inspirou e no qual se revê como símbolo da coragem, de lucidez, de determinação e carisma.
A notícia da exoneração de Muhammad Yunus correu mundo e depressa originou um amplo movimento de indignação contra o Governo do Bangladesh e de apoio ao Prof. Yunus, por parte de governos, personalidades de todos os quadrantes e latitudes, ONG e demais organizações da sociedade civil, entre as quais, a Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC) que, na sua génese, se inspirou no trabalho e na personalidade do Prof. Muhammad Yunus, e que com ele "privou" antes e depois da sua constituição.
"A ANDC não pode deixar de manifestar a sua indignação pela forma como o Governo da Senhora Sheikh Hasina está a tratar uma das pessoas mais inventivas na luta contra a pobreza e pela dignificação dos mais fracos, não apenas no seu país mas no mundo inteiro. Convenhamos que há formas menos deselegantes e menos expeditas para tratar um Prémio Nobel da Paz e conhecido "Banqueiro dos Pobres", escreveu Mohamed Lemine Ould Ahmed, presidente da direcção da ANDC.

sábado, 5 de maio de 2012

Cinco Tendências em Responsabilidade Social Para 2012



Todos os anos, a MHC International, uma consultora internacional especializada em Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e em Sustentabilidade, reúne um painel de especialistas que perspetiva as principais tendências nestas temáticas.
Para 2012, e pelo sexto ano consecutivo, o painel elegeu cinco grandes áreas, as quais devem ser levadas seriamente em conta pelas empresas. O OJE Mais Responsável resume as tendências identificadas. Segundo os especialistas, existem evidências claras de que a confiança nas marcas, empresas e setores no geral está em declínio. Todavia, esta queda poderá propiciar uma maior vantagem competitiva para as empresas que se preocupam em construir verdadeiras relações de confiança com os seus consumidores e demais stakeholders. Dando o exemplo de Steve Jobs, como prova de um líder carismático que ajudou a construir uma marca de confiança, os especialistas afirmam igualmente que as dez marcas que maiores índices de confiança têm nos EUA ilustram que esta é passível de ser atingida através de programas de RSC que estejam integrados em todo o negócio.
Existe, atualmente, um enorme ceticismo sobre a capacidade e vontade dos governos de abordarem, com seriedade, os principais desafios da sustentabilidade, como pode ser provado pelos protestos que temos vindo a assistir devido à crise na Zona Euro e por inquéritos de opinião que os acusam de não gerar empregos, crescimento e não colocarem um travão às alterações climáticas. Mais ainda, são poucas as ilusões no que respeita a uma mudança efetiva de comportamentos que, idealmente, poderia resultar do evento Rio+20 ou Cimeira da Terra 2012.
A extensão da crise financeira e dos seus impactos sociais deu origem a uma nova ênfase na responsabilidade financeira e governamental e a um debate crescente sobre o denominado capitalismo responsável ou sustentável. Apesar de o debate estar em curso, e de cobrir variadas temáticas, a necessidade de repensar os mercados financeiros e a ligação existente entre as remunerações dos executivos e a sua performance constituem os temas mais "quentes" da atualidade.
A questão do "reporting" tem sofrido também vários desenvolvimentos positivos: a norma ISO 2600; o crescente interesse relativo aos relatórios integrados: o desenvolvimento do GRI4 (a nova geração de orientações da Global Reporting Initiative) e a exigência da UE de um conceito mais alargado de RSC, a par de relatórios com maior ênfase social e ambiental na sua estratégia de RSC para o período 2011-2014. O número de empresas a divulgarem relatórios está a crescer significativamente: de acordo com uma pesquisa da KPMG, cerca de 95% das 250 maiores empresas mundiais divulgam a sua performance em sustentabilidade, face a 80% em 2008. Depois do papel de destaque que os meios de cominicação social tiveram nas revoltas populares, tanto na Primavera Árabe como nos países mais afetados da Zona Euro, o poder destes está igualmente patente no valor que imprimem em muitas empresas que estão a construir bons relacionamentos com os seus consumidores. A combinação de uma sociedade civil mais envolvida com o dinamismo dos média e com as críticas populares parece constituir uma das melhores formas para manter as empresas alerta e recetivas às tendências e exigências sociais em profunda mutação.


Fonte: Jornal Oje